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Comunicação Humanizada e Não Violenta – uma tecnologia leve em saúde

O universo da saúde tem presenciado grandes descobertas e avanços que continuam crescendo na ciência. Pensando nos séculos passados, quando qualquer tipo de doença para a sociedade seria algo diretamente ligado a atividades paranormais e castigos divinos, os estudos sobre saúde, e principalmente saúde mental, avançou muito.

As tecnologias também não ficaram para trás, visto que procedimentos, estruturas e os ambientes hospitalares sofreram grandes evoluções ao longo do tempo. Quem não é da saúde, mas gosta de séries, vale passar nos episódios de The Knick: uma versão fictícia do hospital Knickerbocker, que ambienta a medicina nos anos de 1900.

Você verá o salto nesses últimos 100 anos para a ciência.  Eu mesma já estive em uma sala de cirurgia da Universidade mais antiga do ocidente (1088), Universidade de Bolonha, Itália. Foi assustador ver o nível de exposição dos pacientes aos espectadores nada higienizados.

Por outro lado, o crescimento foi tal que em fevereiro de 2020 a mesma Universidade de Bologna divulgou a primeira cirurgia guiada com realidade aumentada, na qual o cirurgião visualizou elementos virtuais à sua frente, para guiá-lo durante a cirurgia de reposicionamento da mandíbula.

A palavra tecnologia quer dizer “Teoria ou análise organizada das técnicas, procedimentos, métodos, regras, âmbitos ou campos da ação humana”, segundo o dicionário. Comumente aplicamos aos procedimentos que envolvem máquinas, computadores e, mais recentemente, inteligência artificial. Com certeza essa tecnologia a qual me refiro agora, evoluiu e não temos nem como dimensionar para onde caminhará, mas sabemos que atingirá níveis espetaculares.

Tecnologias em saúde

Mas existem outras tecnologias de suma importância na saúde. Você sabe quais são? Segundo Emerson Elias Merhy, médico sanitarista e pesquisador brasileiro, as tecnologias em saúde, ou conjunto de ferramentas em saúde, podem ser divididas em 3 vertentes, as:

  1. Dura – são os equipamentos, estrutura organizacional, normas e procedimentos;
  2. Leve-dura – faz referência ao conhecimento;
  3. Leve – é a vertente ligada às relações, acolhimento, vínculo.

Perfeito, colocar a comunicação e relacionamento interpessoal e tudo o que perpassa a conexão humana no centro tecnológico da saúde.

Todas essas tecnologias se complementam para o melhor funcionamento de um sistema. No entanto, a Leve é essencial para que ocorra uma ótima conexão entre profissionais e pacientes. Segundo o estudo “Tecnologia Leve para a interação dos saberes e práticas do cuidado” feito pela Universidade Federal de Minas Gerais, devemos olhar para as 3 categorias de forma humanizada, sendo que o trabalho humano é insubstituível na saúde, pois são as pessoas que cuidam umas das outras, e produzem impacto.

Perfeito também chama-la de Leve, pois leve é sua aplicação, o que torna mais leve qualquer tratamento, dor, medo, riscos. Se bem acolhido o paciente sente-se mais seguro, mais confortável, aliviado por poder falar de si, compartilhar suas necessidades, medos e sentimentos. Isso é cuidar integralmente de sua saúde.

No último Congresso de Fonoaudiologia palestrei em uma mesa levando a Comunicação Não Violenta como uma tecnologia “Leve” a ser disseminada para profissionais da saúde. Atualmente temos muitos recursos para apoiar profissionais da saúde em busca de uma comunicação não violenta, empática, consciente como base aos tratamentos de saúde.

Evolução sem perder o alicerce humano da interação e comunicação

Hoje a importância da comunicação é sem precedentes. O uso de expressões como “empatia”, “assertividade”, “escuta ativa”, “comunicação humanizada” parece até modismos de tão repetidas vezes as escutamos. Mas não é moda, é necessidade. Carecemos de uma escuta de qualidade, encontramos intolerância para com nossas ideias, nos deparamos com a pressa do mundo moderno desencadeada porque números e produtividade se sobrepõem aos relacionamentos e conversas de qualidade. Isso se aplica à saúde também.

Devemos ser muito zelosos. O isolamento social entre 2020 e 2022 aumentou a dependência das máquinas e da internet e diminuiu o contato entre os seres humanos, o que prejudica de certa forma a tecnologia leve. As consultas e atendimentos dos diferentes profissionais de saúde passaram em grande número para as Teleconsultas (em medicina, psicologia, fonoaudiologia, entre outros). Muito útil, mas se não cuidado, contribui para um afastamento perigoso.

Somado a isso, segundo a pesquisa sobre “O impacto da Pandemia na saúde mental e trabalhadores essenciais” pelo Instituto Oswaldo Cruz, “47,3% dos trabalhadores essenciais sofrem de ansiedade e depressão hoje”. Esses dados revelam que boa parte dos brasileiros precisam de cuidado e ajuda que a tecnologia leve em saúde pode oferecer.

Então, por um lado, pacientes necessitando de mais atenção e de outro atendimento ágil ou à distância, podem não combinar especialmente se o perfil do profissional da saúde não for minimamente acolhedor, empático e propenso ao uso da tecnologia leve.

Por esse motivo, capacitar esses profissionais com recursos de Soft Skills para lidar com o sofrimento do outro, mas também dar espaço apoiando-os para também serem ouvidos em suas dificuldades, dando vazão aos sentimentos e necessidades para que possam escutar outros, é essencial. Quais seriam, então, os aspectos da comunicação humanizada a serem implantados nos atendimentos de saúde:

Para as estruturas de saúde cuidarem de seus profissionais

Sejam clínicas, consultórios, ambulatórios ou hospitais, zelar pela saúde dos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e demais profissionais é cuidar da saúde de toda a comunidade. Importante:

  • Abrir espaço para o profissional falar sobre seu medo, suas inseguranças;
  • Ensiná-lo a observar suas necessidades e como podem atendê-las para buscar um maior equilíbrio, sentindo-se saudável para cuidar do outro;
  • Deixá-los se conectar com seus sentimentos, nos momentos de aumento de demanda, de risco de perdas de pacientes ou quando isso de fato ocorre;
  • Mostrar que ficar triste, com raiva, sentir-se impotente diante de casos difíceis é ser humano e que é lícito sentir-se assim. Dar espaço de fala e de escuta, com muito companheirismo interno.

Falaremos muito mais sobre isso nos próximos artigos.

Para profissionais de saúde cuidarem de seus pacientes

  • Na Teleconsulta observe se, de fato, o paciente vê bem sua imagem e ouve com nitidez suas orientações – não siga se problemas de sinal impactarem na compreensão das mensagens;
  • Ainda na Teleconsulta, a imagem é essencial – em saúde, o olho no olho transmite confiança ao paciente, que se tranquilizará se perceber que há um interesse por meio do olhar atencioso do profissional. Por outro lado, para o profissional traz muitas pistas sobre a saúde e integridade do paciente;
  • Seja honesto, mas com acolhimento – dar uma notícia impactante sobre os riscos causados por uma doença, podem ser recebidos com maior leveza se vierem com palavras de apoio, de comprometimento mostrando que você se empenhará de forma positiva – “Acompanharei de perto cada momento. Você não está sozinho.”
  • Diga o quanto você também sente, mas que fará o melhor; o calor da comunicação conforta – “Vamos buscar sempre a melhor forma de tratar você, fique tranquilo quanto a isso.”;
  • Dê espaço para expressão de medo, dúvida, tensão, ou seja lá o que poderá surgir do paciente; somente assim você entenderá quem ele é e como poderá ampará-lo — “Percebo que você está com medo e assustado, e precisa ter mais clareza sobre os próximos passos, é isso?”
  • As palavras tem poder — “Sinto muito também por você passar por isso…” ou expressões semelhantes, ditas com sua verdade, são acolhedoras.

Veja que temos muito para falar sobre o assunto e se você se interessou pelo tema, pesquise mais sobre Comunicação Não Violenta. Ela faz parte das tecnologias leves e ajuda ambos os lados, paciente e profissionais, e nós estamos aqui para apoiar você nessa jornada da Comunicação Humanizada na saúde.

Como levar tecnologias leves para sua empresa?

Aprimorar a comunicação é uma necessidade e na área da saúde é essencial.

Então, convido você a percorrer trilhas do autoconhecimento da COMUNICAÇÃO CONSCIENTE, da LIDERANÇA, das APRESENTAÇÕES DE ALTO IMPACTO e de MULTIPLICADORES DO CONHECIMENTO oferecidas pela UNIVOZ.

Podemos te apoiar por meio dos cursos abertos e in company, online e presenciais, assessment, coaching, mentoria e consultoria.

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Ana Elisa Moreira-Ferreira
Diretora Executiva da Univoz
Fga. Ma. Coach e Consultora em Comunicação Humana Consciente

 

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Comunicação Humanizada: diferencial na área da saúde
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