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O ser humano é social em essência. O que isso quer dizer? Precisamos do outro para nos validar, para recarga emocional, para troca de experiências. Precisamos de informações sobre o comportamento do outro e de todo o grupo com o qual vivemos para, até mesmo, entender o nosso próprio comportamento.
Precisamos de contato ainda mais nos períodos de crise. Quando tristes, partilhar alivia; quando angustiados, conversar clareia; quando nervosos, ouvir uma palavra amiga acalma. A comunicação está presente nas interações sociais para manter nossa saúde mental.
Mas agora, com a COVID-19, estamos entrando em isolamento. Essa ausência de contato humano aumenta qualquer sofrimento e a solidão impacta negativamente na saúde geral.
Seremos, então, responsáveis pelo autocuidado, nos mantendo conectados com nossa humanidade, com nossas necessidades e sentimentos. Seremos responsáveis pelo cuidado com o outro, apoiando familiares e amigos nesse momento delicado.
Como passar por essa fase, e será apenas uma fase, de forma mais humana?
Proponho o uso das bases da comunicação não violenta, que estimula uma conexão humana empática.
• Primeiro pratique a autoempatia, entrando em contato com seus sentimentos nomeando para você mesmo o que está borbulhando internamente. Você está sentindo-se triste, angustiado, preocupado, tenso? Então, verbalize ou torne claro esse sentimento;
• Pratique a autoempatia sendo compreensivo com você mesmo, entendendo que esses sentimentos são genuínos, muito vivos em você e é natural que se sinta assim;
• Se estamos com tais sentimentos é porque nossas necessidades não podem ser atendidas. Falando de mim e abrindo minhas necessidades, tenho várias que não estão sendo atendidas nesse momento e cada uma está gerando um sentimento diferente;
- Tenho a necessidade de conversar com pessoas e abraçá-las e isso me gera angústia quando não acontece;
- Tenho a necessidade de liberdade, e então sinto ansiedade por não poder ir e vir;
- Preciso muito trabalhar, pois amo o que faço, e se não terei atividades da forma como fazia, a frustração é grande e o medo do futuro também.
• E para você, quais são as suas necessidades?
De partilha, liberdade, afeto, carinho, segurança, estabilidade?
• Fale sobre isso com você mesmo e procure então, formas de atender; diga para você o que melhoraria sua vida nesse momento. Quais pequenas coisas você pode fazer para atender cada uma delas, mesmo que numa parcela inferior à que você está acostumado.
• E então, partilhe com quem está próximo, falando sobre todas essas questões que você entrou em contato, sobre seus sentimentos diante da situação atual, fazendo pedidos daquilo que é possível ser atendido por você mesmo e por quem te cerca.
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Ajudei? Espero que sim e se você precisa ainda de mais apoio, conte comigo e com a Univoz, estamos conectados para conversarmos sobre o assunto. E no próximo texto falaremos do cuidado com o outro.
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Fga.Ma. e Coach Ana Elisa Moreira-Ferreira
Consultora em Comunicação Humana
Diretora da Univoz.
Em momentos de tensão e pressão, é possível praticar o autocuidado? Sim, o ser humano é capaz de ser estimulado a realizar novos comportamentos e você pode contar com a apoio da Univoz para desenvolver novas habilidades por meio de soluções online e presenciais.
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