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Razão e emoção: compreender os dois para ter mais inteligência emocional

Na série Star Trek, Spock, personagem de Leonard Nimoy, é um extraterrestre do Planeta Vulcano. Dentre as muitas características de Spock destaca-se a sua incapacidade de sentir qualquer tipo de emoção. Embora seja cômica, a falta de emoções faz com o que personagem somente tome decisões racionais: entre salvar um amigo e não colocar em risco uma missão (e ferir mais pessoas), ele sempre optará pela segunda. Um sujeito racional, dotado de uma inteligência científica e capaz de analisar tudo sem qualquer viés emotivo. Parece um sonho.

A ideia de que as emoções cegam a razão, ou tornam nossas decisões pouco objetivas, é uma constante. A noção também foi amplificada pela cultura popular, que sempre associou a racionalidade com a imagem da perfeição: o herói do filme de ação é sempre durão, inflexível com o que sente, o gênio é desconectado dos seus sentimentos e assim por diante. No mais, a ideia da virilidade, “de que homem não chora” também está fortemente associado a este pressuposto. Em suma, o conceito geral é o de que as emoções enfraquecem as virtudes. Quaisquer que sejam elas.

Não se trata de um problema novo, a separação entre coração e cérebro não foi criada por Hollywood, de modo que os clássicos gregos já eram amplamente pautados nesta separação. Desta forma, quando vamos estudar as emoções em seu aspecto histórico e social não é surpresa que este tema surja como constante. A novidade aqui é que talvez esta abordagem não seja a melhor, ou seja, que talvez cérebro e coração não estejam tão desconectados.

A ciência, principalmente a neurociência e o estudo do comportamento, tem revelado que nossa relação com as emoções não é tão simples. Na realidade, tudo indica que as emoções são importantes mecanismos de decisão, isto é, sentir uma emoção diante de um fato, uma pessoa ou um estímulo contribui positivamente para as decisões que iremos tomar. Ao menos na maior parte das vezes. De certa forma, a afirmação geral é de nosso cérebro é capaz de pensar, porque é capaz de se emocionar. Spock, então, não seria assim tão genial, já que faltaria justamente esse filtro.

É neste ponto que reside o problema e a sua solução das emoções. Vamos começar pela solução. As emoções despertam reações e em geral elas são produtivas, pois contribuem para a nossa preservação. Um exemplo é o que chamamos de instinto “fugir ou lutar”. Diante de um estímulo ameaçador, como um predador, ocorre a liberação de determinados hormônios e neurotransmissores, os quais nos dão pistas do que devemos fazer: ficar e lutar ou correr e fugir. Em outros casos, as reações são menos complexas e se resumem a sorrir, chorar, enrubescer, etc.

Eis aí o problema: algumas vezes as reações não são controladas ou programadas, o que as pode tornar exageradas ou desnecessárias. Existem diversas explicações para a este tipo de resposta, a mais aceita é a de que fazemos uma pequena avaliação, extremamente veloz, do contexto, do estímulo e então manifestamos a emoção. Algumas vezes essa avaliação não é precisa, justamente, por ser muito veloz e com isso a reação pode ser “destemperada”. Personalidade, formação, características do estímulo que desperta e emoção também entram nessa equação.

Sendo assim, parece difícil controlar a forma como iremos expressar a emoção, não é mesmo? Pois é aí que inteligência emocional pode operar: no momento de reagirmos a um estímulo. Quando notamos que algo dispara uma emoção e vamos reagir a isso, nosso corpo passa a emitir pequenos sinais, seja a contração de um músculo, seja uma lágrima, uma risada… É importante que neste momento você esteja atento aos sinais para poder conduzir suas emoções de forma inteligente:

  • Veja sua reação – as emoções não têm reações padrões, embora exista uma continuidade: o riso com a alegria, a tristeza com o choro. Porém, é comum chorar ao ficar com medo. Por este motivo, procure entender mais profundamente o que você sente, quais as sensações e os sentimentos que estão emergindo, como eles te afetam (ou seja, qual o impacto em seu corpo e em seus pensamentos) e, por fim, como eles te impulsionam para um determinado comportamento (reação).
  • Entender o estímulo – As emoções são disparadas por elementos externos ou internos. Elementos externos é tudo aquilo que nos cerca, alguém que age de maneira rude, um cachorro que passa correndo na frente do carro, um vulto na janela etc. Elementos internos podem ser pensamentos ou ideias sobre alguém ou algo. Dessa forma, é importante que você entenda a origem e isole este estímulo. Muitas vezes, temos plena consciência do que se trata, outras vezes precisamos analisar a situação como um todo.
  • Estabeleça um plano de ação – após analisar suas sensações e entender o motivo que te leva a senti-las, é hora de pensar. Existe uma série de ações a serem tomadas: (i) afastar-se do estímulo, (ii) ver o curso das reações e muda-lo, (iii) minimizar ou evitar a sua reação, (iv) ressignificar o contexto… Essa é uma escolha que depende da situação e de você. Encontrar um balanço entre o que se sente e o que causa esse sentimento é o melhor caminho para conduzir suas emoções.

Como se pode ver não é necessário dissociar as emoções da razão é preciso compreender a razão delas, como elas funcionam e como podemos agir de forma mais inteligente ao sabermos o curso de cada uma delas. Lembre-se sempre emoções são estados transitórios, compreender essa transição é a chave para a inteligência emocional.

Equipe de Consultores da
Univoz Consultoria e Desenvolvimento de Pessoas.

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